Design, Destaque
Negócio social de camisetas se reinventa constantemente

Todos já devem ter passado por um momento na vida no qual achou necessário parar tudo repensar suas escolhas. Carreira, relacionamento, família, estamos constantemente reavaliando tudo que nos cerca. O publicitário Renato Russo e seu amigo, o designer Luiz Vicente, estavam nessa de refletir, principalmente sobre trabalho. Eles queriam buscar algo que valesse a pena.
Criaram então a Greentee, uma marca de camisetas que, além de ser descolada, ainda é campeã de gentileza: para cada camiseta comprada, uma é doada para uma instituição de caridade. Além disso, as peças são feitas em algodão orgânico e pet reciclado, e tintas à base de água.
A ideia era ótima, mas como viabilizar o projeto de vender uma camiseta e doar outra peça, sem fazer com que o preço final para o consumidor não fique alto demais? Planejamento! Eles fizeram os clientes perceber o valor da marca. “Nossa estratégia tem uma parte muito importante que é o aproveitamento total de tecido. A indústria da moda é conhecida por desperdiçar muito e achamos uma forma de economizar nesse ponto. É claro que o custo aumenta, porque é mais mão de obra, mais tecido. Mas é algo que conseguimos equilibrar na construção do preço e do valor da marca”, explica Luiz.
Mas a necessidade de mudar é algo que Renato e Luiz sentem sempre. Com três anos de mercado, eles resolveram fechar o e-commerce da marca. Parecia loucura, pois era na internet que a marca começou e se posicionou. Mas eles queriam mais que criar e vender camisetas descoladas e socialmente responsáveis: queriam que as pessoas repensassem suas relações. “A internet dá essa impressão de proximidade, mas na verdade é o contrário. O e-commerce é impessoal e frio. Era estranho receber um pedido e não saber quem era a pessoa e porque tinha comprado. Acreditamos que as trocas pessoais nunca vão acabar. É algo que hoje as pessoas subestimam, em favor do pensamento de que tudo precisa ser feito online. Começamos a focar energia no que estava dando mais certo”, diz Renato.
E eis que a interação com as pessoas passou a fazer parte do modelo de negócio da Greentee, que agora investe mais em projetos com empresas, instituições e ONG’s e na venda dos produtos diretamente para pequenas lojas. Eles querem ter menos clientes para trabalhar melhor a proximidade e estabelecer uma ponte com o destino final do produto.
Para quem acha que a Greentee já acho seu lugar, engana-se: Luiz e Renato gostam de deixar claro que a empresa está em constante evolução. “A Greentee não está pronta, ela é viva e a cada dia muda, se desenvolve e cresce de forma orgânica. Acho que nem é exagero falar que vemos essa busca constante para melhorar como um princípio”, enfatiza Renato.
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